[A mesa está posta]
A mesa está posta
Farta, com palavras, elogios...
As capas protegem as costas
De olhares desconfiados
Sofridos e vazios.
Uma ilha na metrópole
Um oásis no deserto
Regalias medievais,
Em tempos atuais.
A ordem pela caneta
O castigo pela tinta preta.
Seres amorais
Escondendo o caráter
Da sua própria satisfação,
Em decisões que prejudicam o povo
E protegem seus companheiros de sermões.
A mesa está posta
E o ego divide lugar com a vaidade,
Hoje sem espaço para moralidade.
Vinhos caros, passam na mesma boca
Que beija a justiça, antes de trai-la.
Moedas de prata fazem parte do passado
O que se pede, são apenas regalias.
Ao custo do suor de um povo
Que ignorante
Finge que acredita
Na própria ironia.
Dizendo baixo, para não ser calado
Pela manchete, cúmplice que alicia...
É a sina!
Pablo Danielli