Uivo

Noite de

Lua cheia,

O uivo do

Lobo ecoa

Pelas ruas

Escuras.

Adentra o

Cômodo fechado,

Pelas fretas das

Persianas,

Embalando a

Mente desperta

Pela insônia.

Se fosse de

Uma alcateia,

Poderia morrer

Por uma causa

Mais nobre.

Espera apenas

A medicação

De esmola

Em uma fila

Que se forma antes

Do sol nascer.

Rasteja, quase

De quatro, mas

Sem a desenvoltura

Lupina, apenas

Carregando o

Fardo de existir.

Humano,

Demasiado,

Humano.

Mais um entre

Tantos,

Descartável,

Desprezível.

Não era um

Lobo, somente

Um vira-lata na

Sarjeta, um

Outro,

Qualquer.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 07/05/2021
Código do texto: T7250205
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