Máscara

A máscara

Veio pra ficar.

Nada de sorrisos

Por lábios agudos,

Apenas o franzir

Das rugas oculares.

A voz abafada e

Arfante, marcam

O novo ritmo

Entrecortado.

Não mais o toque

Da pele, apenas o

Borrifar de frascos

Com álcool.

Tudo esterilizado,

Higienização

Vitoriosa e

Necropolítica

Em ação.

Os pobres morrem

Aos montes, ostentam

Amargamente a miséria

Nos semáforos.

Miséria mascara no

Teatro de Morte.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 07/05/2021
Código do texto: T7250190
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.