Máscara
A máscara
Veio pra ficar.
Nada de sorrisos
Por lábios agudos,
Apenas o franzir
Das rugas oculares.
A voz abafada e
Arfante, marcam
O novo ritmo
Entrecortado.
Não mais o toque
Da pele, apenas o
Borrifar de frascos
Com álcool.
Tudo esterilizado,
Higienização
Vitoriosa e
Necropolítica
Em ação.
Os pobres morrem
Aos montes, ostentam
Amargamente a miséria
Nos semáforos.
Miséria mascara no
Teatro de Morte.