Marreta

Sobe e desce a

Marreta.

Com pancadas

Violentas, ao

Contrário do

Ferro estirado,

Faz da carne um

Resto qualquer,

Feito bicho

Estraçalhado por

Automóveis no

Asfalto.

A vida faz dos

Corpos proletários

Essa massa

Espancada,

Arrebentada até os

Ossos.

Mas o Povo que

Falta, sempre

Se renova, por

Não ser nada e

Ainda assim,

Ser tudo que

Existe.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 05/05/2021
Código do texto: T7248857
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