Semáforo

Semáforo fechado,

Luz vermelha radiante.

Som de batida

No vidro do meu

Carro popular.

Vejo o garoto

De arma em

Punho.

Abro o vidro,

Passo o celular.

Mesmo assim recebo

O tiro, atingindo pelo

Impacto do projétil.

Não reclamo,

Aceito a dor,

Vendo o sangue

Tingir minha camisa

Branca engomada.

A camisa está vermelha,

O semáforo está verde,

Mas continuo sem me

Movimentar.

Sempre me perguntei

A respeito da minha

Responsabilidade diante

Do mundo.

Agora entendo,

Aceito o tiro,

Acolho a bala.

A morte põe fim à

Angústia, enquanto o

Mundo, continua a

Sangrar.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 03/05/2021
Código do texto: T7247196
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