O HOMEM DOS MUROS
O homem dos muros
É um ser sombrio,
Sua imagem causa arrepio
E gera confusão.
O homem dos muros
Grita e divide
E com força Insiste
Em mais desunião.
O homem dos muros
É uma grande desgraça
Incita arruaça
Morte e destruição.
O homem dos muros
Nem parece um homem
A razão e o senso somem
Na sua louca ambição.
O homem dos muros
É um menino mimado
Birrento e enjoado
O caos é a sua motivação.
O homem dos muros
É o pior presidente
Não gosta de gente
Não tem empatia nem coração.
Coitado do mundo!
Que dano profundo
Se um outro discípulo
Medonho e ridículo
Pudesse aparecer!
Coitado do mundo!
Que dano profundo!
Se um louco varrido
De pedra cingido
Pudesse crescer!
Ainda bem que no Brasil
Um país muito gentil
Isso não há de suceder!
Aqui o buraco é mais embaixo!
Tão incerto e tão escuro
Que não dá nem pra ver!
Coitado do mundo
Que dano profundo
Se outro homem dos muros
De atos impuros
Pudesse aparecer!
Não haveria mais poesia
Seria tudo monotonia
Difícil sobreviver!
Mas enquanto for possível o poema
Mas enquanto for possível a escrita
A palavra liberdade estará em cena
A palavra resistência terá vida!