A GALINHA DE MULETAS
A GALINHA DE MULETAS
Todo aleijado tem uma muleta,
Enquanto a xícara tem o café,
Mas todo monge anacoreta,
Fica sozinho, mesmo com fé.
E todo cajado esconde jugo,
Sobre o rebanho a apanhar,
Como o cano com um tarugo,
Que deixa o sedento a clamar.
Mas como a galinha depenada,
Mas viva na dor a caminhar,
A sede devora despudorada,
Qualquer moral a vicejar.
Então a galinha segue o nazista,
Atrás do milho que cai no chão,
E esquece o orgulho idealista,
E passa a andar na contramão.
Agradando o fascista que continua,
Na senda e tortura do meu irmão,
Enquanto as hienas estão na rua,
Matando a todos na escuridão.
Pois vejo as famílias sofrendo,
Sem pão, emprego ou unguento,
Em um velório triste e horrendo,
Sem Sol ou estrelas no firmamento.
E a noite assombrada,
Perdura com os ventos,
Na morte orquestrada,
Que traz só lamentos.
🥜🐓🐔🌽
A GALINHA DE MULETAS
Todo aleijado tem uma muleta,
Enquanto a xícara tem o café,
Mas todo monge anacoreta,
Fica sozinho, mesmo com fé.
E todo cajado esconde jugo,
Sobre o rebanho a apanhar,
Como o cano com um tarugo,
Que deixa o sedento a clamar.
Mas como a galinha depenada,
Mas viva na dor a caminhar,
A sede devora despudorada,
Qualquer moral a vicejar.
Então a galinha segue o nazista,
Atrás do milho que cai no chão,
E esquece o orgulho idealista,
E passa a andar na contramão.
Agradando o fascista que continua,
Na senda e tortura do meu irmão,
Enquanto as hienas estão na rua,
Matando a todos na escuridão.
Pois vejo as famílias sofrendo,
Sem pão, emprego ou unguento,
Em um velório triste e horrendo,
Sem Sol ou estrelas no firmamento.
E a noite assombrada,
Perdura com os ventos,
Na morte orquestrada,
Que traz só lamentos.
🥜🐓🐔🌽