Há tantas bocas cheias
De palavras vazias,
Tantas mentes sãs
De corações doentes…


Há tanta pressa vã
Pra emoções tardias,
São tantas manhãs
Inválidas ao descrente.


Tantas barrigas com fome
E outras com o rei.
Tanta injustiça em nome
Da honra e da lei...


Há pratos de porcelana
Para o desdém do borguês:
Serve o filé cuspido de lama
Ao pobre da vez.