CENSURA
Brasilha.
Cataclisma de ambições;
Notas, revoltas
Revolução, emancipação
Em nome da paz
Que não se faz.
Displicente e indigente
Talvez me amem
Homens e máquinas
Cúmplices cegos do silêncio,
Enviam olhos vagos
Para espionar minha paz.
Exilados num manicômio,
A democracia e eu
Silhuetas macilentas
E lábios costurados com
Linhas opressoras;
Para que não cantemos.
Cantar a danação da nação.
Mais um jornal subornado
Em nome da ordem.
P´ra se satisfazer
o poeta canta,
Por amor
O povo chora (?),
Pelo poder
O político se corrompe.
Sofro da palavra
(Des)(en)(canto)
Que semitona
Em cada gesto
E espaço
Deste tempo
Inacabado.
Morro desta dor
Retida no papel
Que predomina
Absoluta
Em cada traço
Do meu grito
Que não possui eco.
(As palavras nascem para dizer, jamais para confundir.)
T@CITO/XANADU