CENSURA

Brasilha.

Cataclisma de ambições;

Notas, revoltas

Revolução, emancipação

Em nome da paz

Que não se faz.

Displicente e indigente

Talvez me amem

Homens e máquinas

Cúmplices cegos do silêncio,

Enviam olhos vagos

Para espionar minha paz.

Exilados num manicômio,

A democracia e eu

Silhuetas macilentas

E lábios costurados com

Linhas opressoras;

Para que não cantemos.

Cantar a danação da nação.

Mais um jornal subornado

Em nome da ordem.

P´ra se satisfazer

o poeta canta,

Por amor

O povo chora (?),

Pelo poder

O político se corrompe.

Sofro da palavra

(Des)(en)(canto)

Que semitona

Em cada gesto

E espaço

Deste tempo

Inacabado.

Morro desta dor

Retida no papel

Que predomina

Absoluta

Em cada traço

Do meu grito

Que não possui eco.

(As palavras nascem para dizer, jamais para confundir.)

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 10/06/2020
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