TODA FARDA

TODA FARDA

Era ainda de dia,
Logo antes da noite,
E o passado me chama,
Já não sei se eu via,
Uma palavra de açoite,
Quando eu ia pra cama.

Mas ao olhar para trás,
Sentado que estava,
Esperando a ressalva,
No texto que eu lia,
Na anarquia instalada,
Era a minha fantasia.

Pois não quero cabresto,
Com chicote e chapéu,
Se não sinto apreço,
Nesse louco escarcéu,
Que só tem endereço,
No Planalto Central.

Onde fogo de muturo,
Só brota da agonia,
Se não tem o seguro,
Nem fiador pro futuro,
No escorrer de janeiro,
Da laje que ora rompia.

E toda farda sabia,
Ou tomava partido,
Pois há gente bandido,
Que foi ou é soldado,
Para o povo ser gado,
Ou morrer sobre a via.

E assim é que fica,
Tudo errado adiante,
Se de tenente em diante,
As bombas que explodem,
Não são brigas ou guerras,
Mas apenas um levante.

Quando o preço mais alto,
Vem pra escola ou ciência,
Já que vende indulgências,
Quando fingem de ter,
O que Deus quer de nós,
Sem caráter para ser.

😟🤯😞

Publicada no Facebook em 17/02/2020

 
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 10/05/2020
Reeditado em 10/05/2020
Código do texto: T6943538
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