A VIOLÊNCIA CONTRA O MORADOR DE RUA
O homem acusado de ser mau
De ser o único a matar seu semelhante
É entretanto colocado diante
Da vida, delicada e frágil nau...
Vulnerável, a morte ronda-o, qual
Hiena, e o ambiente circundante
Maltrata-o, fere-o, vence-o num instante
Seja o aço, o cimento, a água, ou pau!
Carne e osso! Apodrece e parte, fácil
E aquilo que por vezes é tão grácil
Não passa de uma fonte de recalques!
E o pobre e fraco ser, sempre ameaçado
Transfere para o próximo o recado
de doença e agressão e os seus desfalques.
Revela-te, se tens coragem, abre os claros
Da nossa mente viva, acende os almenaros
Que nos livrem do medo e da escuridão!
Erros que me fizeram cruel, querendo
Ser puro e nisso até piamente crendo
Causando sofrimento ao dar amor.
Somos vis.
Como tantos de nossos conhecidos
e não conhecidos.
Que negam peremptoriamente
Somos, notoriamente,
Vis.
(Qual violência você já cometeu?)
Tácito