O DIABO
Eu sou a serpente da terra
Barro do oleiro derramado
Sangue doce que embraga
Sou o belo que te clamo no deserto
De boca seca a te falar
O que inflama eu declamo
Na poeira em mar
Quão sou eu em vós
Veneno que beija-te até de matar
Sou a metade da partícula que te engana
Metáforas ao léu tão dolorida
Sou o princípio do teu fim...
Eterna paz em mim.