O QUINTO PODER
Olho-me no espelho
Vejo-me acorrentado
O metal penetra-me
Num soluço de dor
Sinto a carne sendo triturada
Penetrada pela ignorância
E tento livrar-me
Porque estou afocando-me em sangue
Ao debater-me em silencio
com lagrimas nos olhos
Num canta de tristeza e dor
Lamento pelo mau
Pois nada fiz para ser condenado
Amarrado como louco
Pela natureza impura
Que enfeitiçada pela agonia
Tentam matarem-me
Ao escarrarem em mim
Um liquido espeço
Gordo, fedorento!
Ah! sinto-me banhado pelas lágrimas
Que limpam minhas feridas
Mas são os urubus que rodeiam-me
Pela minha volta
E cheiram os dejetos que em som
Tento espantar os agourentos
Que são poderosos em lamentos
Porém não os são vitimas das maldades
São serpentes que mentem
Podres vermes que caminham rastejando
Pela terra que expulsam-os
E deixa-me pelo menos
Ser o Cristo
Dessa história sem fim.