O QUINTO PODER

Olho-me no espelho

Vejo-me acorrentado

O metal penetra-me

Num soluço de dor

Sinto a carne sendo triturada

Penetrada pela ignorância

E tento livrar-me

Porque estou afocando-me em sangue

Ao debater-me em silencio

com lagrimas nos olhos

Num canta de tristeza e dor

Lamento pelo mau

Pois nada fiz para ser condenado

Amarrado como louco

Pela natureza impura

Que enfeitiçada pela agonia

Tentam matarem-me

Ao escarrarem em mim

Um liquido espeço

Gordo, fedorento!

Ah! sinto-me banhado pelas lágrimas

Que limpam minhas feridas

Mas são os urubus que rodeiam-me

Pela minha volta

E cheiram os dejetos que em som

Tento espantar os agourentos

Que são poderosos em lamentos

Porém não os são vitimas das maldades

São serpentes que mentem

Podres vermes que caminham rastejando

Pela terra que expulsam-os

E deixa-me pelo menos

Ser o Cristo

Dessa história sem fim.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 27/06/2019
Reeditado em 21/08/2019
Código do texto: T6682627
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.