Brumadinho
Meus versos entristeceram
Como pétalas caídas
Tantas lagrimas verteram
Quantas dores desferidas
Quantos sonhos feneceram
Devastando tantas vidas
Em meio ao sofrimento
Aflição e desespero
Agonizando em tormento
Aquele povo guerreiro
Suplantado em desalento
Num suspiro derradeiro
Negligência e desrespeito
À Brumadinho
E moradores
Com a lama de rejeitos
Tragando os trabalhadores
E a dor rasgando
o peito
Na cadência dos horrores
Os bombeiros empenhados
Buscando sobreviventes
Tantos irmãos enlutados
No clamor de tanta gente
Rumo ao céu, ecoa
Um brado
Num rasgo condudente
Deus, que cena mais chocante
Ver envoltos nessa trama
Corpos, dos nossos semelhantes
Semeados, pela lama
Seus próprios represantes
Causaram todo esse drama
Chora triste a natureza
Chora animais e passarinho
E sob a lama da tristeza
Vai clamando
Brumadinho
Por causa da dureza
De um sistema tão mesquinho
Externo aqui meu pesar
E toda a minha compaixão
Pedindo a Deus pra consolar
A dor de cada coração
E os responsáveis Pra frear
Essa vil corrupção
Kainha Brito
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