MARGINALIDADE (POESIA)

MARGINALIDADE (POESIA)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Com os seus violões sobre os ombros perambulavam os malandros,

Estilete, punhal ou faca eram transportados nas cinturas;

Cortiços, favelas com os barracos de madeiras eram como que no mar os escafandros;

Perseguindo eram pelos policiamentos periciados pelas invernadas das viaturas.

Mais adiante surgiram os piores marginais que foram inimigos públicos habituais,

Lúcio Flávio Lívio, foi o mais famoso de toda a história contada;

Circulava pelas ruas das cidades entre a multidão como cidadãos normais,

A sua aparência de um transeunte andando como pessoa comportada.

Madame Satã na Lapa foi um homossexual dos mais marginal;

“O bandido da bandeira dois” foi perigoso a todos veículos particulares,

Tião Medonho assaltou o trem pagador que saia colhendo dinheiro arrecadado desde a central,

“Bandido da luz vermelha” dos edifícios com os seus altos andares.

Portuguezinho também foi marcante com uma arma de fogo como espora;

Nazareno um bandido da alta sociedade era o elo das favelas até a alta acessibilidade;

Lobisomem tocava horror espantoso pelo país a fora;

Fernando C.O. era comparsa de um bando como que de associabilidade.

Usavam um revólver calibre 32, 38 ou uma 45, a maioria das vezes como também uma pistola,

De uma pequena metralhadora era raro pelo seu uso,

Adjanira uma linda mulher das várias faces que carregava a sua arma dentro de sua sacola,

Nada se via sobre a população qualquer que pudesse ser o abuso.

Os alvos eram os bancos, carros fortes, grandes estabelecimentos de bastantes finanças;

Lojas grandes, postos de gasolinas ou lugares de muita grana a rolar;

A fuga da prisão de nada precisava de uma alta ou pequena fiança.

Bandido era das páginas dos jornais como dos tablóides estando por desfolhar.

Frei Caneca era o encarceramento dos detentos que a polícia chegava a pegar,

Lemos de Brito por um bom tempo preso o bandido lidava com cada condenação;

Ilha Grande para lá eram levados nos barcos a aqueles que precisavam se isolar;

A peliculosidade de cada um fazia como que a cela fosse como um rígido galpão.

Da cadeia velha ao plenário ao que se foi transformar;

De um pequeno distrito policial a imparcialidade de cada prisão;

Algemas que prendem os detentos levado até aprisionar,

Julgamentos que julgam pela gravidade de proporcionada significância de cada conjuração.

Hoje é o vagabundo com o poder de fogo de guerra a ampliar o medo;

Perseguindo trabalhador fazendo ele de escracho estando a ordenar;

A qualquer pequena mercadoria ele na sua arma pode apertar o dedo;

Causando pânico na população pelo fato de querer a todos esculachar.

Por um pequeno acessório faz as suas apresentações;

De um relógio, cordão, celular ou pulseira por vezes tira uma vida;

De um simples apetrecho anuncia o assalto obrigando a levantar as mãos;

Que dele e dos outros os momentos tremularizam as roupas obrigadas a serem despidas.

Armas pesadas de grosso calibre são para todos amedrontar,

Cultuando uma soberba vinda de fora e acima de qualquer questão,

Com carrões, cordões, aviões, jet ski, lanchas, e motos pra pelas vadiagens vão a rodar;

Furtando dos outros pelas cidades a que uns se põe em um posto destacado a ostentação.

Drogas é o que faz as guerras dos tráficos a confrontar;

Facções criminosas buscam poder em suas confrontações;

Arregos para aqueles que fecham os olhos pra que a ilegalidade possa livre funcionar,

O comércio ilícitos alegam concorrências por suas dantescas procurações.

De uma boca de fumo que faz muito dinheiro circular,

Por seu alto consumo aumentam as disputas pela buscadas dominação;

Vindo os viciados buscando a sua dose ou papelote por sua porção,

Tomando conta das ruas assim como invadindo a paz de cada lar.

Bangu I (um), e Bangu II (dois) aumentam a detenção por cada particular,

Catanduva ou Mossoró quanto mais perigoso são levado para lá,

De dentro dos presídios os bandidos acham de ordenar,

A quem foi roubar, traficar ou matar por dinheiro que vale por um acolá.

Da diferença do bandido de ontem para o vagabundo de hoje é a propulsão,

Alojados nas comunidades carentes, ou pelas favelas a mandar;

Tacando fogo em ônibus com gente dentro como de sua retaliação,

Morros ou áreas de riscos as suas monções ilícitas a comandar.

O de ontem visavam aquilo que lhe davam grande recompensas;

Diferentes dos de hoje que não livram a cara de ninguém por sua abnegação,

Levavam o que era de preciso de quem tinha muito, de nada inflingia uma pessoa a desavença,

Dos apartamentos ou casas eram esconderijos as suas residências por ocultação.

Covardia nunca era como de uma forçada abdicação;

Do conseguido muitas das vezes ajudava os necessitados como de que nada tinha ou têm a troco por uma castigada sentença.

Pelas casas de recuperação alguns buscam sua sonhada recuperação;

Por outro lado uns quando soltos tornam piores incentivados por suas intenções propensas...

Fora da lei que em exibição com os bens quer pra todos se mostrar,

Leis que a beneficiam os infratores servem de rituais as suas crenças,

Aproveitadores dos uniformes marcados por autoridades pra impressionar;

Rupturas dos rostos tampados usando máscaras a se esconder da denunciadora imprensa.

Do malandro, bandido, marginal para o vagabundo a diferenciar,

Os crimes eram os assaltos diferenciados para o que é hoje o traficante para traficar.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 05/02/2019
Reeditado em 11/03/2019
Código do texto: T6567694
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.