Gana de humanidade

Daqui, de onde emerjo e sou,
me vou compondo de novo
das nossas vozes e dentes,
em fome de humanidade.
 
Em mim, porque passam gentes
que arderam sob holocaustos
ou tombaram nas senzalas,
a verdade afronta os nãos.
 
Por nós, tantas aves passam,
recompõem-se, vivem; clamam
que a sua história e memória
não repousem em falsa paz.


Célia de Lima










"Tudo o que move é sagrado”  Beto Guedes, Ronaldo Bastos
Célia de Lima
Enviado por Célia de Lima em 19/11/2018
Reeditado em 19/11/2018
Código do texto: T6505973
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