Caleidoscópio

Sou caleidoscópio.

Tudo que meus olhos captam

envenena-me feito ópio.

Os vícios que tenho

e meu ar desconfiável,

é o espelho do que vejo.

Se não me queres desagradável

não me traia com um beijo.

Sou caleidoscópio.

O que flecha meus olhos

transforma-me no óbvio:

A "mão boba" que bolina no ônibus lotado.

O nepotismo que te imploro.

Meu caráter desajeitado.

As lágrimas de crocodilo que chóro.

Sou aquele falso padre.

Sou teu rosto no espelho.

Abra os microfones para que eu fale

lembra aquele ditado velho:

(( A MUDANÇA VEM DE CIMA ))

Faça a lição de casa, não se atrase.

Tudo que se escreve, se assina.

Esta é a base:

A mudança vem de cima.

Esta é a chave.

Esta é a sina.

Nem precisa deixar de ter charme

à beira da piscina.

Sou caleidoscópio.

Sou um eco, eu reverbero.

Seus atos refletem nos meus erros.

Meus atos, são reflexos, dos seus erros.

Venerável Beda
Enviado por Venerável Beda em 12/03/2018
Reeditado em 27/04/2018
Código do texto: T6277767
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