Aceita, preta!
A liberdade do preto
ainda incomoda.
Mesmo silenciosamente,
como sua moda.
O preto ao ousar vestir-se,
afronta.
Até mesmo seus adereços
apontam.
Se é boina,
é bamba.
Se é boné,
malandro.
De touca é
Bandido.
Qual é sua gangue?
A liberdade silenciosa
extravasa.
Mesmo a preta coisa
esculacha!
Espanta-se com o que
rejeita.
Mas devia usar, preta!
Nunca!
Escova e reflexos
Em vez de
Turbantes e cachos.
É claro que
Esconde complexos.
Aceite-se negra, preta!