FIGURA ABSTRACTA
No explanar da palavra
Deito dedos na terra,
Sou o agricultor sem instrução
Mas que da vida colheu só
As melhores sementes.
No grito das mãos nodosas,
É que canto o canto da terra
E a sementeira em flor,
Que germinou
Da raiz mais profunda.
Irrigo a semente uma e outra vez,
Minhas mãos, meu dedos
Perscrutam a terra,
E no alvorecer de um novo dia
Colho o fruto, prenhe de vida.
Jorge Humberto
10/08/07