Seca de séculos
Há nuvens que vêm,
Anos que se vão
e nenhuma chuva
que faça um mar
Surgir no sertão.
Há pouco bem
que se possa ver.
Mal muito tem
que parece chover.
Só não seca a água
no olhos do povo
que o fio se alarga
até chover de novo.
Mas quando chove?
Um dia, talvez.
Mas nada resolve.
E chora outra vez.
Há nuvens que se foram
e não voltam mais.
Anos que se perderam
toda santa paz.
Nem elegendo prefeito.
Vereador?
Todos estão feitos.
Ao povo, a dor!