O FUNCIONÁRIO PEDRO E O SEU PATRÃO

O FUNCIONÁRIO PEDRO E O SEU PATRÃO

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Pedro vivia reclamando do seu salário

Que mal dava para comer,

A cada dia que passava as suas contas aumentavam

Ao tamanho de jamais em hipótese alguma se ver.

É que na sua próxima ida ao trabalho,

O seu patrão iria ter uma surpresa,

De ouvir um simplório pedido de aumento de salário,

Mais alto e mais justo, justo pra se receber;

(Tendo ele logo que resolver)

Então no trabalho com o funcionário Pedro com a sua proposta,

Exclamou o que tinha para dizer: Formalizando o seu pedido de aumento de salário a proceder.

- Patrão, você pode me dar um aumento como de conceder ?

E o seu patrão respondeu a Pedro:

- Acha que ganha pouco; já, já lhe aumentarei conforme a sua recomendação.

Um pouco mais a vontade, na sua vontade atenderei;

Três vezes mais lhe compensarei,

É um funcionário padrão até onde eu sei,

De razoável a você com as suas exigências, serei.

De então ficaria Pedro, ganhando bem além do que ele ganhava,

Triplicado mais, e mais, como ordenado,

Por onde por ironia da sua ambição,

Ao invés das contas diminuírem aumentaram sem controle ou solução,

Um tanto quanto acima de seu orçamento, pra mais como ter as coisas, por antecipação.

E Pedro em apuros resolveu mais uma visita ao seu digníssimo patrão.

E novamente Pedro retornou a cordialidade do seu patrão,

E para conseguir novamente outro reajuste salarial,

Com a maior urgência que fosse possível;

Pro que dele, havia muitas outras contas pra acertar,

Que além daquelas habituais e antigas,

Como a conta do português da quitanda, como da mercearia, armarinho, sacolão e mercado,

Que também tinha para acatar.

Como também tinha muitas outras contas mais recentes,

Exorbitantes e altas,

Obtinha alguns outros crediários feitos de urgentes,

O endividando muito completamente,

Colocando sua integridade em questão,

Por não ter recursos para pagar, inconstitucionalmente.

À não ser sem pensar, de onde seria o lugar para um dinheiro a mais arranjar.

E o seu patrão exaltou, concluído,

E disse a Pedro: -- Você Pedro é um grande funcionário, mas peca pelo seu descontrole de gastar despreocupadamente todo o seu dinheiro,

Como um cleptocompulsivo, a sempre cartar.

Oniomania a descontroladamente a só gastar,

Pedro você tem que se controlar, se não as suas rendas pra nada irá dar.

Gastando o que ganha no que necessita pra se sustentar.

Que quanto mais você gastar as despesas ainda muito mais vai aumentar,

Aprenda a economizar,

Compra apenas aquilo que necessitar ou precisar.

De nada adianta lhe dar mais dinheiro que tudo fora você vai jogar,

Bebidas é seu maior defeito, sem contar com suas vaidades exageradas,

Que faz a tudo que vê nas prateleiras das lojas à comprar.

Tem que aprender a se controlar.

Pra nada o seu salário irá dar.

De nada adianta ter, ou ganhar muitos dinheiro,

Preferível ter pouco,

Muitas das vezes,

Por não saber guardar ou economizar.

Temos que aprender a se controlar,

A possuir alguns cofres,

Pra procurar aquele dinheiro que restar.

E como de reconhecimento temos que aprender a nada de supérfluo comprar,

Gastar só com aquilo que é pra se gastar,

Com alimentos, vestes, acessórios, viagens ou pra passeios que são pra se ocupar.

Gasto com aquilo que o seu dinheiro comportar.

Desperdício leva a imprecisão de não conservar.

E assim Pedro foi pra sua casa a resmungar,

Daquele dia em diante suas intenções teria que mudar,

O seu patrão foi rude ao falar,

Mas esclareceu uma realidade que não serve pra fora atirar.

Pra algo em sua vida que teria ele que modificar,

Controlando com os seus gastos,

Com as suas despesas o seu soldo iria sobrar,

Vendo sempre o seu saldo,

Gastos só com aquilo que é para gastar.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 15/03/2017
Reeditado em 17/03/2017
Código do texto: T5941786
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