CASO e CASA

CASO e CASA

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Caso numa casa haja uma janela,a uma observação,

Debruçará nesta gelosia da janela a mulher mais bela.

Como uma luz a resplandecer a uma intrusa ofuscação,

Bem mais reluzente a luz de uma suntuosa candeia ou vela.

Caso nesta casa haja portas dos fundos pra sair,

E na frente ambas com fechaduras pra entrar,

Qualquer surpresa poderá vir,

Como de qualquer suspense pra se confrontar.

Um convite a uma serenata poderá a algo ofertar,

Caso um bom gosto por música poderá se manifestar.

Como das mais belas letras a encantar,

A melodia harmônica ou filarmônica que nunca enjoa de tanto tocar.

Caso haja um teto, cobertura ou um simples, ou luxuoso telhado,

Debaixo de qualquer um deles residirá dois como um casal apaixonado.

Como de um cobaia do outro hipnotizados,

Por atração de dois destinos que estão fatalmente cruzados.

Caso haja como irá haver uma cama,

Deitará sobre ela a mais linda dama.

A fazer, causar e transmitir tanto amor,

Como uma intensa chama que dentro de cada um de nós sempre a inflama.

Caso neste quintal haja jardim,

Toda manhã uma flor se abrirá sorrindo a jasmim,

Como de qualquer maquiagem ilustrada a espontaneidade de transmitir uma cor chamativa ruge carmim.

Como de alfazema, bálsamo, colônia, perfume a fim.

Caso nesta janela haja harmonia,

Um dia ela, outro dia eu diremos juntos como de bom dia: Que alegria!

Como quem esnoba as tristezas as serventias,

De confiabilizar tudo na segurança como de garantia.

Caso haja uma umas flores com o seu pudor ou cor,

Desabrochará todos os dias no pomar frutos ligados a uma bela flor,

Cada dia com a sua determinada cor,

A determinar o que a sorte de cada um expor.

Da segunda como do branco a outra segunda como de amarelo portador,

Ausentando da presença das fadigas de alguma dor,

Desgostos a causar danos por dissabor.

Espantada a fatia restante de uma estação passada inundada de desamor.

Caso haja uma casa vazia, pouco ou suficientemente mobilhada,

Haverá uma causa de proposta versificada.

Teremos e levaremos uma vida de pernas longas ou curtas,

Como das nossas emancipadas custas.

Seja de estuque ou toda empalhada,

Com espantalhos pelo quintal a espantar as passaradas,

Voando livremente as nossas asas,

Pelos nossos realejos que tanto transborda ou vaza.

A uma realização repentina que a algo extravasa,

Pelos ponteiros indo a frente pelo que nunca se atrasa,

Do maior desejo que em chamas permanece a brasa,

A união do nosso querido caso e carinhosa casa.

A remediação que faz do momento único como um caso a parte espionado a Nasa,

Como transparência de algo que de amplidão embasa,

Das longas unhas que na pele de fervor a crava.

A transpirar o ar com os dentes trancafiados como uma clava.

De um pedido a lua de mel como condição que arrasa.

Aí unânime, a gente em definitivo se casa.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 13/03/2017
Reeditado em 14/03/2017
Código do texto: T5939791
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