[Sal da Terra]

A lagrima é o sal da terra,

Aonde a vida seca...

Não adoça esperança.

Chão partido,

Não brota vida.

Qual o tamanho do mundo,

Quando o horizonte é pó!

Perdão, pelas orações mesquinhas...

Perdão! Pelas orações mesquinhas?

É que o sol do meio dia,

Faz a vida ficar pequena,

É o vazio da existência.

Que só, se vive...

Não se lê, não se escreve,

Em nenhuma linha.

É sina, é agonia, é vida...

Não existe escolha,

Para quem tem o pé esfolado.

Sorrisos trincados,

Em um fim de mundo,

Num mundo lotado.

É o sal da terra,

Que seca a boca...

Afogando esperanças,

De mãos esfoladas.

Que mesmo estendidas...

Não tem preces atendidas.

É o que não se vê...

É o que não se sente...

É o que se ignora...

A vida partida,

De um ser invisível.

É a noite só,

O dia ausente.

É o sal da terra,

Vida de indigente.