A dor de todos
Da dor do mundo eu entendo
Não por senti-la na pele
Mas na pele do cidadão
Do irmão, do desabrigado
Do pobre que sofre calado
E míngua sua aflição
Sinto a dor da mãe, do pai, do professor
Se esforça pra explicar, vive a exemplificar
Mas nada faz calar
Os gritos perdidos na alma
Alma que cresceu pobre
De afeto e compreensão
Grito a dor do amor
Que se perdeu ou não soube dar
A dor dos fracos de vontade
Agora choram debalde
O vício que os tomou
Drogas, corrupção, medo, traição, desamor
São tantas as dores de todos
E cadê o lenço
Cadê tua mão estendida?