ÁFRICA - SAMBA (POESIA)
ÁFRICA (POESIA)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
África continente hostil das vontades de quem quer morar,
Da Subsaariana ou Saariana dos seus filhos negros, indianos, da cor ou brancos a ressabiar,
Dos Griotts pelas suas histórias daquelas que servem pra se contar,
Dos mansas musas que de suas riquezas põe a oferta ou oferenda pra todos dar.
Do seu deserto pela água que pode faltar,
Pela alta do ouro ao que poderia desfalcar ou multiplicar,
Metais preciosos daqueles que de fartura dá para esbaldar.
Dos extremos que partem as procuras pelo que haver poder explorar.
Savanas das imigrações e migrações que da sobrevivência faz transformar,
Numa fonte de diversidade exuberante daqueles que estão pra sede ou se alimentar,
Pradarias que secam ou molham torrencialmente para os rios formar,
Numa semente ou muda inovadora que de cada manhã surge por brotar.
Das específicas religiões que estão para aquilo que eles tem pra acreditar,
Pelas fronteiras dos seus países vizinhos pelas estirpes aleatórias a condicionar,
Do negro com a sua cor escura como o seu continente a se identificar,
Por onde a civilização começou na marcha da humanidade a se procriar.
Das colonizações que serviram de esteio a aquilo que eles tiveram de aperfeiçoar,
Destas vieram as fronteiras, no que de espaço demográfico foram demarcar,
Culturas homogêneas que tingiram a aquela que já havia por aquele lugar,
Do inglês, francês, português, holandês, alemão, italiano ou outras a se misturar.
Tornando do seu primitivismo uma forma de evoluir como de estudar, aprender e aculturar,
Das feras que aterrorizam por suas feições de amedrontar,
Ou pelas fantasiadas comparações que fazem dos seus habitantes algo como de estereotipar,
De onde saem imaginações em que o mundo se faz por copiar.
Dos rios que desembocam lá pelas correntezas do mar,
Pelos seus litorais das embarcações que estão por prontidão pra navegar,
Pelos seus pássaros sempre felizes livres a cantarolar,
Das suas belezas panorâmicas que estão pra reluzente encantar,
Das flores que estão por coloridas a tudo enfeitar,
Suas independências que fazem desta dimensão uma forma de melhorar,
Uganda primeiro país independente a origem livre pra começar,
Construções que servem de exemplos pra se edificar.
Linhagens que fazem dos indivíduos mais antigos a liderar,
Sua sociedades tribais étnicas que vem por se formar,
Umas rivais ou outras amigas pela forma de como aprazível tem que se lidar.
Negros que fizeram da civilização como andaimes pra se subir ou se edificar.
Dos tráfegos que sacrificaram vidas colocando arbitrariamente pra trabalhar,
Mercadorias que muitas riquezas foram sovinamente se amontoar,
Diversidade cultural, religiosa, econômica ou gastronômica formam a exemplificar,
Raridades que podem enfim a todos seus conterrâneos a ajudar.
Como que um deus da chuva, do vento, do céu, da terra e do mar,
Crendo naquilo de fiel ou imaginário que dá pra se acreditar,
Sua dimensão faz com que todos sejam o que desejar,
Libertos como pássaros contentes a tudo sobrevoar.
Pelo hemisfério sul por onde está por se localizar,
Regionalizada por duas formalizações como de altar,
Setentrional, ocidental, central, oriental e meridional a destacar,
Etnias, culturas e religião por cada local a apresentar.
Das suas especiarias que dão para manter ou comercializar,
Dos tantos países por cada idioma ou troco a se comunicar.
Da ideia que está por se criar a inspiração que vem pra elaborar,
Suas confiabilidades que servem como de empoderar.
Do Kilimanjaro à Lago Assal a metrificar,
Dos afrikaans daquilo que se tem pra se comunicar,
Pelo pescado bom que se tem para pescar,
Postos nas bancadas dos mercados pra alguém que ver, gostar e comprar.
Dos cinquenta e quatro países a completar,
A seis dependências que estão ainda pra se emancipar,
Deste continente todos estes países vem a consolidar,
Das suas riquezas no que ele mereça só por si caminhar.
"Uma poesia que se refere ao continente africano a sua realidade com a visão e intenção do mundo, em que por sua colonização, deu-se a sua posição de presença internacional que faz jus em parte a que este continente merece ser, ter e melhorar, perante as perspectivas de evolução voltada como de igualdade a todo mundo."