SEXTA FEIRA

SEXTA FEIRA

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Multidões que movimentam aceleradamente ou vagarosamente as ruas,

Nas obsessões que fazem as vontades comer sobre muitas fomes as substâncias cruas.

Começa o esperado ou predestinado fim de semana,

Daqueles que disputam lugares pra alcançar o estrelato com a sua fama.

Enfim... É sexta feira,

Das marcas vistas as preferências das doses abrideiras.

Por um transeunte que desabafa o seu senso de humor aliviado,

Quase que ninguém trabalha ou tem compromisso pra amanhã,

Vamos pelo caminho certo ou seguiremos pelo rumo errado,

Ídolos que se engrandecem pelo clamor de sua predileta fã.

Começaremos pelo volume de uma virtual gandaia,

Enviando plausíveis aplausos ou incomodando com as indesejáveis vaias.

Pelas horas das desgastantes ou prazerosas farras,

Penetrações de encaixes as sustentáveis garras.

Escolhas dos moldes a intenção de quem vá paquerar,

Olhares enviesados daqueles que optam por namorar.

Pedidos preciosos e prediletos por momentos de se encontrar.

Depois talvez e enfim, uma comemorada data tenha que marcar.

A trepar na mais alta estrutura que a tudo possa aguentar.

Beber as meticulosas bebidas pra se embriagar,

Danças com quem ofereça disponibilidades pra dançar,

Conversas que levam interesses pra quem quer se comunicar,

Estatutos daqueles de quem sabe unicamente brincar.

Filas dos vestuários unissex a demorar,

Pra quem usa a sua extravagância a descarregar.

Manias exageradas como conceitos pra viciar,

Jogatinas a mercê pra quem quer apostar.

Praças pra quem quer se divertir ou passear,

Amigos que chegam pra alguém ir visitar.

Nas horas despercebidas que estão a passar,

Sonos que conduzem alguém a relaxar,

Excessos que fazem os jugos desmaiar.

Abcessos precedentes a pormenorizar.

A tontura que faz as imagens e sombras a cambalear.

Pontualidades que nunca se atrasa,

Luzes que se apagam no interior das casas.

Fogos a queimar através das suas centelhas em brasas,

Escapes saindo pelo local que os orgasmos a extravasa.

Acidentes de ferir ou de matar,

De seguir, observar ou de parar.

Pessimismos pra quem quer suicidar,

Otimismos frontais a vantagens de entusiasmar.

Tráfegos repletos de palpitantes buzinas,

Sinais de precauções pelas estradas e esquinas.

Latrinas.

Pessoas que perambulam com fome e com a sede,

Por aqueles que não tem uma sequer casa, vestes ou uma rede.

Misérias que dá necessidades procuram esmolar,

Ambulantes a oferecer o que vende a alguém comprar.

Alcances a quem chega ao promissor acesso,

Brilhos do qual faz muito ou pouco sucesso.

E depois por vias das dúvidas pode trazer os retrocessos.

Pra quem está sozinho o ideal é encontrar uma companheira,

Coisas importantes ou insignificantes besteiras.

Sábados dos bailes, festas ou gafieiras,

Pros domingos nos seus dias dos almoços e das feiras.

Umas sob medidas doses costumeiras.

Internações de quem não tem saúde,

Frequências vistas como insistências amiúdes.

Sortes pra vez de quem sabe perder ou mesmo ganhar,

Pelo perder a perseverar da insistências pra recuperar.

Janelas dispostas a quem quer debruçar,

Coberturas ornamentadas a enfeitar.

Cartazes com anúncios a algo propagar.

Do impulso a calar, acalentar ou a falar.

Desavenças pra aqueles que quer brigar,

Compromissos que completam o tempo que está por passar.

Sinetas ou sirenes dos horários a tocar,

Bumbos, violas, instrumentos a ritmar.

Vamos lá!

A sexta feira está prestes a começar.

Pela hora de voltar aos seus lares,

Fantasias como de hábitos constantes dos respectivos familiares.

Admirações direcionadas aos olhares,

Lotações esgotadas pelos instintivos bares.

Copos cheios de sucessos a esvaziar,

Regimes para as obesidades emagrecer,

Quitutes para as desnutrições e os raquitismos engordar.

Pelo sadio ou gastronômico a se deliciar.

Filmes as metragens para se ver,

Drinques espontâneos pra se beber,

Truques ilusórios pra enganar,

Trotes de mal gostos pra restrição de aborrecer.

Uns que agem só para dançar,

Outros apaixonados que conciliam a relação para amar.

Assuntos contemporizados pra se conversar,

Uns ou outros que dão o que tem pra dar.

Alguns mal intencionados que não fazem nada pra ajudar.

Uns bebem, ou não bebem nada, e outros comem,

Uns aparecem, surgem e outros somem.

Uns que se aproximam pra flertar,

Casais a procura do que amar.

Barulhos ensurdecedores pra enlouquecer,

Bebidas remédios a alguém que algo procura esquecer.

Flores que no recinto faz tudo perfumar.

Interpelando a recordações que estão para lembrar.

Comemorações a festejar,

Exaltações a aquilo que serve pra brindar.

Em meio a várias tumultuadas multidões,

Enxergamos carros que seguem pelos pegas na sua mão ou na contramão.

No contar das esperadas ou inesperadas horas,

Por algo que se guarda ou se joga fora.

A algo aceito ou a alguém que está recebendo um fora.

A aquele que fica ou ao que vai embora.

Porções contadas ou com preços das fieiras,

Monções impacientes das fileiras,

Irritações inesperadas das frieiras,

Invenções das falas carpideiras.

Sexta feira!

Que seja ela coincidentemente do dia 13 das gemedeiras;

Dos calafrios daqueles de quem dorme no interior de uma geladeira,os Muitos goles atirados por todas as incontroláveis ou controláveis bebedeiras,

do porre por quem dorme em qualquer lugar a se curar por conta de uma esparramada esteira.

Lutas, lotações e sacrifícios,

Perversões que sustentam os incomensuráveis vícios.

Discursos, seminários,palestras ou comícios,

Manejos com os seus resolvidos artifícios.

Penetrações nos seus orifícios.

Profissões, pretensões e ofícios.

Alturas, dimensões e precipícios.

O que há de fácil ou de pretensões difícil.

Do fogo ardente dos cios,

Emergências com os seus desafios,

Curvas com os seus desvios,

Da última gota a estar por um fio.

Das sextas feiras,

Rodopios nas voltas dançadeiras.

A última dose como sucintas costumeiras,

Da outra semana que começa quando termina a domingueira.

Das imitações das copiadeiras,

Do solitário a encontrar a sua companheira.

Dos goles por aquilo que se queira,

Enfeites como ilustrações trepadeiras.

Perfumes com as fragrâncias de algo que se cheira,

Permissões meias ou inteiras.

No centro ou na beira.

Redes, colchões ou esteiras.

Pedidos das saideiras...

Goles que eliminam os barulhos das persistentes britadeiras.

Dosagens expulsadeiras.

Vira-viras a muitas bebedeiras.

Das sextas feiras.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 06/06/2016
Reeditado em 07/03/2017
Código do texto: T5658628
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