Vãs brasileirices
Em tuas vãs calçadas, Brasil!
de longe encontro lustrosas ossadas
Silhueta de menino pobre
com esqueleto vivo tênsil
Envolto em languidas lágrimas
Palavras soltas que despencam
ao céu da boca, entre soluços
e bocas magras, rejeitados igual praga
Nascidos do sol, sem nenhum arrebol
amadurecidos pela necessidade de amanhecer
tuas flácidas pegadas interpelam condoer
até céu te virou as costas!
Como queres que eu possa te dizer
doces palavras? A dor é irrepreensível
tu eres mais um garoto invisível,
Brasil, de um tanto se apaga.