Sina do racional
No oásis do peito flagelado,
no âmago de meu ser desnudado,
sinto a mais funérea dor de parto,
a sangria não estancada do meu fardo.
Esta me corrói o ser,
perfura-me desde o mais simples condoer
até o mais colossal e estridente definhar na sepultura,
esta minha morte em vida.
Por não poder curar a ferida do preconceito
que não tem conceito,
para quê imolar-se pelo o que não existe?
esta é a sina de quem é racional.
Quero me enternecer em cultura,
que se viva em harmonia!
no mundo onde quem governa
é a sabedoria a ignorância não resiste.