Naturalização da Banalização
A mesma vida que gera poesia
e com suas voltas inspiram poetas,
com sua sem-fim vã correria,
banaliza o natural e mata as letras.
Mata o aroma do café cedinho,
mata as belas cores do canteiro,
mata o som das crianças rindo
mata abraços, toques e beijos.
O desafio do poeta de hoje
é lembrar-se com muito afinco
que a vida sem poesia é um nojo
que poesia sem vida não existe.