ÍCARO
(Samuel da Mata)
Ah se a pátria minha desse asas aos meus sonhos
E como ingênua criança eu tivesse orgulho da bandeira
Ver sua riqueza sanar a dor e o pranto dos tristonhos
Filhos seus, vazios de fé diante a tanta bandalheira
Fecho os meus olhos e grito, como quem nasce agora
Quero minha vida, de mãe pátria o carinho e afago
Sou fruto do ventre, filho legítimo, quero sem demora
Saúde, dignidade e pão dos livres e não de escravos
Não quero mais por tutores os seus amantes
Que lhe sugam as tetas, roubando-me o leite
Quero no seu regaço sonhar e ser feliz
Bote-os porta a fora, lava-te o quanto antes
Sane já a esta orgia, cruel e vil deleite
Seja-me pátria mãe, não mais a meretriz
(Samuel da Mata)
Ah se a pátria minha desse asas aos meus sonhos
E como ingênua criança eu tivesse orgulho da bandeira
Ver sua riqueza sanar a dor e o pranto dos tristonhos
Filhos seus, vazios de fé diante a tanta bandalheira
Fecho os meus olhos e grito, como quem nasce agora
Quero minha vida, de mãe pátria o carinho e afago
Sou fruto do ventre, filho legítimo, quero sem demora
Saúde, dignidade e pão dos livres e não de escravos
Não quero mais por tutores os seus amantes
Que lhe sugam as tetas, roubando-me o leite
Quero no seu regaço sonhar e ser feliz
Bote-os porta a fora, lava-te o quanto antes
Sane já a esta orgia, cruel e vil deleite
Seja-me pátria mãe, não mais a meretriz