A SAGA DE LAURA
(Samuel da Mata)

Em 1912, a Dona Laura nasceu,
Quando por triste destino, a sua mãe faleceu.
Entregue foi a sua tia, para piorar sua sina
Sofrendo muitos horrores, pelas mãos de suas primas

Cinco anos se passaram, seu pai então se casou,
Entre chuvas e enchentes, Laura pra casa voltou.
Pelas mãos de sua madrasta, ela foi bem recebida,
E entre seis novos irmãos, começou uma nova vida.

Entre afazeres e bailes, ao Geraldo conheceu,
E em menos de dois anos, um grande amor floresceu.
Foi festa, bolo e baile, depois a lua-de-mel
Foram morar num ranchinho, lá no morro do chapéu.

Laura teve sete filhos, trabalho árduo no lar,
Enxada, fogão, desnatadeira, em tudo pronta a ajudar.
Mas por sorte traiçoeira, Geraldo tudo estragou,
Com uma amante faceira, um outro lar começou.

Geraldo em bigamia e Laura em grande aflição,
Em ciúme e dor sucumbia, mas não tinha outra opção!
Dezoito anos passaram quando um fato aconteceu:
Laura, a amante está morta, esses quatro filhos são seus!

Uma menina de dois anos, Laura logo batizou.
Seus filhos lhe deu por padrinhos, dedicação e amor.
Hoje, idosa e dependente, quem dela está a cuidar?
É aquela bebê carente, que em pranto e dor quis amar


Há certas coisas na vida que ninguém sabe explicar
Fiinha foi dádiva em vida, e recompensa do amar
Mas não cessa aqui o mistério desta imensa gratidão
Pois lá no trono de Cristo, as duas terão galardão
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 25/10/2013
Reeditado em 05/05/2016
Código do texto: T4541360
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