" DA FOME..."
" DA FOME..."
Fumegantes chamas
Chilreia a panela de pressão
Retraídas estão as mucosas
Odor nauseabundo infestando...
Emanado dos corpos errantes sem alma!
Feijão, arroz, uma "carninha"...
Refeições frugais...
Não mais!
Cremes insossos, esverdeados e repugnantes!
Artificiais veias conectadas...
Aos corpos dos infelizes!
Tragados para sempre em sua autofagia digestiva!
Porque a contínua fome despoticamente sentencia:
Cerrem suas bocas!
Costurem seus estômagos!
Quem mandou nascerem miseráveis?
Interação ao magnífico poema " Panela de pressão" da ilustre lavra da nobre poetisa Ana Marly de Oliveira Jacobino. Tal trabalho foi publicado neste espaço aos 25/09/2013.