NUDEZ

Cai o pano que cobre o corpo

Desvenda o mistério imposto

Aos olhos nada sobra além do olhar

Há pouco, muito pouco para justificar

Tudo se foi, mas nada ficou clareado

A palavra dita foi forte, retumbou

O corpo tremeu e o pano caiu outra vez

Tornou-se venda ante os olhos da justiça

Pouco ficou, nada foi dito nem ouvido

Quem queria saber a verdade, não soube

Sentiu-se nu perante a mentira exposta

A pergunta ficou sem resposta

Ninguém falará...