Sensibilidade Bruta
Chora pobre miserável
Por sua pouca sorte de nascer condenado,
Se não por correntes, por mãos que se dizem justas.
Por migalhas de sentimentos,
Por um luxo chamado vida.
Reclama sobre o jornal úmido
Declamando seus gruídos.
Esquece-se do gosto do pão
Perde teu desejo por água,
Mendiga olhares tristes
De poucas almas cinza,
Que insistem em não lhe ajudar.
Não sabe mais, qual é tua imagem?
Não sabe mais, o que significam tuas palavras?
Perdeu o tato e a sensibilidade bruta que te doma,
É desespero de não poder mais sentir, a flor!
Em forma de esperança que como pétalas
Arrancaram antes mesmo de brotar, dentro de ti.