Botão

Medíocre instante

Do botão, explosão!

Propagação da incerteza

Duvida e escuridão.

Dedos que condenam

Sem saber, sem ter um porque,

Justo sofrimento

Por escolha da sorte?

Ou da falta de saber!

Em um piscar de olhos

Uma caricatura bem apresentada,

Do mal, em forma de fada.

Auto, convencimento

De que o melhor para você

Talvez seja também para a nação!

Leve instante de esperança

Que se acabe a apreensão,

Mesmo que seja nas mãos

Manchadas de um duvidoso ser.

O voto é a guilhotina do povo

Que lentamente mata milhares

Pelas desculpas esfarrapadas

De homens que se dizem exemplares.

Ao amanhecer restam apenas vestígios

De mais uma fantasia, que esfarelou vidas,

Em troca de um barato assistencialismo.

Que começa no alento de uma urna

E termina com a esperança em um caixão.