Outros
Outras ruas
Outros ecos,
Outras vozes
Outras mortes.
Entre tantos passos vazios
Sombras, formas deformadas,
Vidas, entre abismos!
Escolhas que se dizem,
Ser em algum momento sorte.
Desejou um sol
Cobiçou uma lua,
Dormiu com pedidos
Amanheceu de mãos vazias.
Entre uma folha
E outra história,
Contos sem fim
Sem final feliz.
Sede de amor
Fome de palavras!
Quer que um estranho lhe diga
Quer que um qualquer lhe toque,
Quer que a morte não lhe encontre
Mesmo que seja entre um copo e outro
Da mais cobiçada face.
Escancara as cicatrizes
Esconde os defeitos
Marcas de uma guerra,
Com falsos vencedores.
Não ha propaganda que sacie
Tão pouco sombra que refresque,
Valor tão barato de um sentimento
Que por hora é apenas lamento.
Azar daqueles que não brindam
Sorte daqueles que não vem,
Entre uma volta e outra da vida
O mundo parece te olhar com um certo desdém.