Epiderme

Se tens a boca nua

Pelada de toda mentira

Profana teus lábios,

Com toda putaria

Amanhece o dia

Em Brasília!

Se tua pele

Serve como pano

Capa rala de feira!

Limpa toda sujeira,

Que deixa em teu caminho.

Não limpes apenas a epiderme

Superficial como teu pensar!

Não mira apenas o ouro

Quando tuas mãos e braços

Não aguentam o peso da idade

Pura vaidade, escrota,

Assim como tua imagem!

Leia tuas más escritas linhas

Aonde conta tuas merdas

Tua pobre e escrava vida.

E no lugar de teu musculo, chamado coração

Coloca uma placa de manutenção,

E que a sua falta, não tem feito falta não!

Pois para toda falta de emoção

Não á razão que resolva os erros,

Pedaços de tua falsa moral ao chão.

Morre na noite fria

Criatura mesquinha,

E renasce com o partilhar do pão!