Resto de chão
A morte corta o ar
Um corpo se perde
Frágil, mancha de lágrimas,
O pedaço que é proclamado
Seu resto de chão.
Sutil perda da sensibilidade
Cada sopro que nos toca,
Parte com ele um pouco
De nossa humanidade.
De todos os sonhos possíveis
O de sorrir sem motivos,
É o mais triste.
De todas as sensações perdidas
As causadas pelo próprio homem,
É o que eu mais faz almas perdidas.
De todos os olhares tortos
O Julgamento fica por conta,
Daqueles que se dizem superiores
Mas são pobres de espirito.