Sangra, pobre criança!

Sangra, pobre criança!

Em meio a tua miséria

Insiste brotar esperança.

De que adianta tantas lagrimas?

Dor de quem não tem,

Pelo que sofrer!

Olhos que se desviam

Caminhos que nunca serão,

Preenchidos.

Onde está sua pureza

Depois de anos jogada,

A própria sorte, sarjeta!

Sente o aroma da vida

Há lhe provocar?

Sente o vento tocar suas feridas?

O sol a lhe castigar!

O sorriso provocador da indiferença

Da descrença, das pessoas,

Que parecem te ignorar?

Sangra, pobre criança,

Por aqueles, que nunca hão de lhe amar!