Selva

Selva

Essa selva de pedra

Em constante movimento,

Feita de sonhos, lagrimas,

Feita de gente.

Tantas ruas que se cruzam

Sorrisos surgem de repente,

Placas que nada dizem

Olhares que se entregam, assim sem mais,

Supreendentemente.

Dias cinzas, bons para novos amores,

Uma xicara de chá, desinteresse!

A loucura de uma grande colmeia

Que corre nas veias dessas pessoas

Que fingem ser gente.

O concreto, o pó, o asfalto,

Uma droga viciante

Que, quem vive isso mesmo por um instante,

Não consegue mais sair.

É o gozo de prazer

De quem já não consegue viver sem

As palavras duras, olhares tristes,

Que se escondem em forma de arquitetura

Iludindo qualquer sobrevivente.