PUNHAL CRAVADO NO PEITO
"Os olhos do poeta, girando em louco êxtase, vão do céu à terra, da terra ao céu e, como a imaginação concretiza a forma de coisas desconhecidas, a pena do poeta põe-se a defini-las, e dá a  uns tênues nadas, uma casa e um nome." (W. SHAKESPEARE)
Morto caiu na rua,
com um punhal cravado no peito.
Não conhecia ninguém!
Como se tomba um poste!
Mãe.
Como se tomba
um postezinho de rua.
Era madrugada.
Seu corpo estendido no chão
sob a luz da lua,
refletia na poça de sangue.
Ninguém pode enxugar
os seus olhos
abertos ao duro ar.
Morto caiu e ficou na rua
na noite nua
sob a luz da lua
com um punhal cravado no peito
e não conhecia ninguém!!!




RayKorthizo Perez
Enviado por RayKorthizo Perez em 18/06/2012
Reeditado em 29/07/2012
Código do texto: T3731366
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