TERRA DESESPERADA DE DESGRAÇADOS

Meus passos diários,

não são mais motivos

de tantos risos e aplausos.

Há muitos minutos,

que fazem parte do passado.

Meus passos diários,

não deixam marcas

nesta terra de desgraçados.

Juntos dos transeuntes,

não passo de um fantasma.

Meus passos diários,

a cada passo ordenado,

não remontam à História alguma.

De um tempo para cá,

os desgraçados, já fazem parte do passado.

Meus passos são desesperados,

quando estou em filas desesperadas

ou em filas desgraçadas.

Meu amor, que desgraça é maior,

se não o desespero?

Poesia escrita em São Paulo, no dia 25/01/2007, após assistir a um programa sobre Oswald de Andrade, na Cultura. Me senti inspirado pelas letras desse grande poeta.

ADAMS ALPES
Enviado por ADAMS ALPES em 26/01/2007
Reeditado em 06/09/2008
Código do texto: T359539
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