Aos olhos dos desconhecidos

Pobre coitado

Afogou-se no mar,

De contas para pagar.

Enforcou-se na corda bamba da vida

Deixou como herança,

Boletos, financiamentos e mais dividas.

Em sua velha casa, apenas lembranças,

Sem esperança de mudanças.

Grama por cortar, sala para limpar,

Paredes sujas com saudades,

De um tempo que nunca foi.

Nem ao menos um amigo

Intimo ou vizinho, quando pouco se tem,

Poucos lembram, quase nada há para lamentar.

A perda aos olhos do desconhecido

É somente mais um momento,

No infinito.