Quinhentos anos
Não somos servos
Não queremos ser servos
Só servos não basta
Temos que ser subservientes
Quinhentos anos de entrega
Venda barata
Tráfico de consciência
Troca da ética e moral
Por um punhado de esmola
Escambo de nossas riquezas
Por espelhos brilhantes
Contas de vidro
De uma falsa benesse
Estupidez vívida de um povo
Ignorante dos maltratos
A que é submetido
Canga de burro, arreios
Esporas no lombo da nação
Que mais do que nunca
Precisa acordar e mudar
Mudar de visão
Mudar a ação
Pensar e não mais ficar
Deitado eternamente
Em berço esplêndido
Ibnéias Costa da Silva, sem data.