São apenas nomes
São apenas nomes
Ditos da boca pra fora,
Sem rostos ou sentimentos
São apenas nomes.
São desconhecidos sem esperança
É a falta de sorriso, a morte da vida,
Dilacerada nas esquinas, sem rimas.
São corpos mutilados pelo chão
Pedaços de sonhos esfarelados,
Por agulhas, pedras e pó.
São marionetes nas mãos erradas
São olhares perdidos nas madrugadas
Em busca do falso prazer,
Que sempre acaba em dor, no vazio, no nada.
São lagrimas caídas que não brotam
Vazios sem se preencher no coração,
São famílias acabadas, desestruturadas,
Papeis com pequenos projetos, jogados fora.
São apenas nomes
Esquecidos pelo tempo,
Jogados ao vento.
São apenas sentimentos
Esquecidos, em algum lugar,
Esperando pela salvação,
Por alguém que lhes de a mão.
São apenas amigos, irmãos
Perdidos, consumidos pelo medo,
São apenas nomes
Ditos da boca pra fora.