Meninos de rua
Andantes os meninos de rua
Peregrinam em dor de precisão
Vazias e hábeis vão as mãos suas
Sem saber porque mãos se vão
Nas calçadas frias e nuas
Seus travesseiros são suas mãos
A esmo pelas ruas a vagar...
Sob um olhar que lhes consome,
Dos que deveriam lhes amar
É o olhar do proprio homem...
Que finge, não lhes enxergar
Matando-os mais que a fome
E sem rumo eles se vão sem
Ter de nós o carinho o verbo
Amar fora de ação pobres
Crianças sem destino na rua
O crime em profusão, Deus,
Guarde esses meninos na
Fria face da violência, se ver
Os transtornos, da maldade
Dissipando a inocência, com
Requintes de crueldade deitam
No berço a imprudência e
A exclusão da sociedade
Kainha Brito
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