Estradas
Cortam o país as rodovias,
Automóveis de todos os tipos,
Tem gente do exterior da correria,
Velocidade alta no velocímetro.
Passeios com familiares,
Carro com todos os lugares ocupados,
Tem mais gente do que lugares,
Daí veio a ideia do que seria um "lotado".
Ônibus e outros possantes coletivos,
Caminhões, carretas, brutos, imensos,
Perdo deles somos apenas carrinhos,
Todos seguindo o fluxo das estradas.
Sinalizações diversas, pistas variadas,
Buracos, ressaltos, relevo acidentado,
Posto de gasolina para uma parada,
Lugar que por hábito é movimentado.
Homem com braço de fora,
Cabeça de criança pra fora do vidro,
Celular usado fora de hora,
Passegeiro não se importando com o cinto.
Alguns nem deveriam estar rodando,
Péssimo estado mecânico,
Oficinas esperam o lucro no fim de ano,
Motoristas dirigem com desânimo.
Borracharias em beira de asfalto,
Uma portinha com placa mal escrita,
O preço se o pneu furar é um assalto,
Mais ainda existe gente solícita.
Animais dão bobeira no trajeto,
Vez ou outra um acaba sendo morto,
Corpos em pizza grudados como resto,
Passarinho que bate no vidro meio torto.
Guardas prontos a punir delitos,
Alguns corruptos buscam a propina,
Prostitutas oferecem serviços,
Pedestres caminham no acostamento como rotina.
Barracas que vendem de tudo,
Banana, água de côco, salgados,
Cervejas, doces, opções a cada minuto,
Até contrabando de animais, objetos roubados.
Boas dicas de onde parar com caminhoneiros,
Alguns te desejam tirar do caminho numa fechada,
Uma distração e sobe-se fácil num canteiro,
Automóveis puxados pra curvas perigosas e fechadas.
Ruminantes invandindo o tráfego,
Atenção diante da visão de crianças,
Perímetro urbano é algo drástico,
Deve-se em certos trechos redobrar vigilância.
De noite a visibilidade prejudica,
Farol alto, abaixando ao cruzar com outro carro,
Também é difícil na neblina,
Quem guia precisa estar atento para não ser guiado.
Faixas indicam quando ultrapassar,
Adrenalina de deixar o outro pra trás,
Nessas horas é difícil se segurar,
Muitos morrem pelo desejo de passar.
Passam mesmo pra outra vida,
Mortes que aumentam estatísticas,
Desastres que levam famílias,
Tem gente que ao viajar arrepia.
As cruzes na estrada lembram a tragédia,
Cemitérios vistos dão ênfase a constatação,
Mas o sujeito que gosta de correr não sossega,
Mesmo arriscando a vida de outros na condução.
Multas, bafômetro, radares, ferramentas para intimidar,
Mas o jetinho brasileiro é mais do eficiente,
Consegue com manha, a não tão rigorosa, fiscalização driblar,
E com isso batemos recordes e mais recordes em acidentes.