Mais uma vez, uma vez mais

Mais uma vez a vergonha estampada nos jornais

Mais uma vez, viver em um país sem paz,

Uma vez mais, corrupção, violência rotineira

Pelo menos mais uma vez, tratado como casual.

O silêncio que toma conta da boca de inocentes

É uma vez mais, o grito de orgulho daqueles julgados culpados.

Uma vez mais, morte. Uma vez mais, sorte.

Cicatrizes expostas de uma sociedade em crise,

Pessoas a mostras, a venda em sujas vitrines,

Mais uma vez o ser humano se denigre.

E não há história ou conto que mude

Não existe pessoa que não imagine,

Que uma vez mais, servimos de palhaços

Em um palco, mais uma vez que nos deprime.