Pobre mocinha

Moça lépida e fagueira

Pela ladeira a desfilar

Músicas das palmeiras

Ao canto do sabiá

Vestido solto ao vento

Estampa colorida

Graciosos movimentos

Belo laço de fita

Seu ar de menina arteira

Olhar guarda segredos

Caminha ela faceira

Contendo seus desejos

Sobe e desce a ladeira

Fingindo não sentir medo

Quer ela conhecer a vida

E partir para a cidade

O interior não tem mais sentido

Ela quer mais civilidade

Não sabe que lá mora o perigo

Que os homens são mais selvagens

Em sua inocente vaidade

Adentra um mundo enganador

Em sua pura ingenuidade

Não reconhece o seu valor

E os tributos da sua mocidade

São manchados pelo horror

Kainha Brito

Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 02/09/2011
Reeditado em 16/02/2013
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