Na rua

Na rua

Não serei

somente

semente

aparente

dependente

dessa gente

sem mente

sempre conivente

que nem sente

a chama ardente

da vida carente

da dor evidente

da crença descrente

de tudo ausente

desse presente

doendo na gente

tão vergonhosamente

crescente

dor existente

mortalmente

inocente

é menino

é gente

é gente inocente

é sofrimento

é dor

ninguém sente

a dor

mas é dor

inocente.

Rangel Alves da Costa

blograngel-sertao.blogspot.com